A nossa compreensão da imunobiologia da doença periodontal tem aumentado exponencialmente, tanto no que diz respeito aos agentes microbianos que desencadeiam o processo da doença como aos mecanismos moleculares do envolvimento do hospedeiro na manutenção da homeostasia ou na ocorrência de danos colaterais nos tecidos. A ciência embarcou em observações de variações nas respostas relacionadas com a expressão da doença, com um enfoque na utilização das respostas no diagnóstico e nos resultados terapêuticos, até às investigações actuais que utilizam processos biológicos fundamentais de ponta para tentar modelar o início e a progressão da destruição dos tecidos moles e duros do periodonto. Tão importante quanto isso, a próxima era da imunobiologia da doença periodontal terá de envolver desenhos experimentais mais sofisticados para estudos clínicos, de modo a permitir uma tradução robusta dos processos biológicos básicos que estão em ação no início da transição da saúde para a doença, os que estimulam alterações microambientais que seleccionam uma ecologia microbiana mais patogénica e os que representam um reequilíbrio das respostas complexas do hospedeiro e uma resolução da destruição dos tecidos inflamatórios.