Este livro aborda o papel dos aborígenes na literatura australiana, contrastando as autoimagens e heteroimagens das posições identitárias aborígenes em obras selecionadas de autores brancos e indígenas após 1950. Ao fazê-lo, há uma análise sobre até que ponto as posições identitárias aborígenes são retratadas de forma diferente nos livros de escritores indígenas e brancos australianos. O corpus literário consiste em cinco pares de textos de diferentes períodos, onde um livro escrito por um autor branco australiano e outro por um aborígene serão contrastados. Estes textos selecionados a partir da década de 1950 são examinados e comparados quanto à base das construções identitárias, bem como temas e motivos recorrentes que são essenciais para as construções identitárias aborígenes. Além disso, este trabalho não se concentra apenas na discrepância entre os papéis dos aborígenes nas obras de autores indígenas e australianos brancos, mas também no desenvolvimento dos textos literários da década de 1960 até a década de 2000.