As sementes sintéticas, também denominadas tecnologia de sementes artificiais, baseiam-se na regeneração de plantas a partir de um endosperma artificial revestido. Muitos explantes vegetais podem ser utilizados para este fim, tais como botões apicais/axilares, protocormos, etc., cujo processo deve necessariamente passar pela indução de embriões somáticos ou organogênese. Desde os primeiros passos até aos dias de hoje, inúmeras melhorias foram aplicadas a esta tecnologia, que conta com várias vantagens na agricultura vegetal e é considerada uma abordagem potencial que ajudará a resolver os problemas agrícolas previstos para o futuro, como os derivados do fenómeno das alterações climáticas. Um exemplo prático disso é a produção de sementes sintéticas por organogénese em amoras (Rubus glaucus Benth) a partir de segmentos apicais e nodais. A amora é uma cultura importante a nível económico, que está a sofrer perdas na produção devido a alguns fatores ambientais. Neste livro, revemos o estado da arte da produção de sementes sintéticas até aos dias de hoje e relatamos um novo protocolo melhorado para a produção de sementes sintéticas de amora por organogénese em vez de embriogénese somática, poupando tempo e custos de produção.