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Travessa do Cinema
Barnes and Noble
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Travessa do Cinema in Franklin, TN
Current price: $14.07

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"Contrariando a norma, em que se termina em grande, em que se tenta espremer, nas últimas palavras, as últimas gotas do sumo poético, todas as últimas palavras deste livro são simples, cruas. Quase como se narradas, não pela mulher que lembra, mas pela criança lembrada. Não há qualquer embelezamento artificial, qualquer esforço na escrita. É assim. Era assim. E isso basta. A magia e a poesia estão no que o conteúdo mostra e no que o conteúdo esconde. Qualquer esforço adicional seria como puxar uma planta do solo com esperanças de acelerar o seu crescimento. Esta simplicidade, pelo contrário, permite o florescer natural deste tipo de relato em que se encontram a lágrima e o sorriso, o mais belo dos pares. Em que um qualquer significado, um qualquer propósito, uma qualquer beleza, por mais vaga e incompreensível que seja, se revela, da melancolia nascida e á melancolia estendendo a mão. Nada do que está escrito neste livro existe mais. Porém, tudo existe ainda - neste livro, nos sinais, na linguagem, nas menções, em baús, nas cabeças de quem lembra e nos gestos de quem esqueceu. As mobílias do número 47 são agora outras. As paredes, as mesmas. Este livro é das suas memórias. É a casa de uma casa, onde, não podendo brincar corpos rebeldes, brincarão mentes imaginativas.
Em vida, nós vivemos várias vidas. E essas nossas vidas entrelaçam-se com outras vidas. De pessoas, de casas, de escolas, de ruas. Neste livro, tive acesso a uma das vidas da minha mãe, entrelaçada com tantas outras. No centro, uma das vidas de uma rua da qual, noutra vida, também eu fiz parte. Umas pessoas foram, outras vieram. Foi-se o cinema. Ficou uma espécie de alma que permanece, e aqui dá um passinho na direção da eternidade.
Lembrar o que não pode regressar, essa nostalgia - da infância ou do que for -, essa saudade, com um sorriso - quão mágico, porque aparentemente paradoxal, é? No entanto, aqui está. Ao ler este livro, é quase impossível que a lágrima e o sorriso não se encontrem. Desta beleza somos feitos, e dela será feito o porvir, onde seremos também nós memória e rasto. É bom que nos mantenhamos ligados a essa malha invisível que nos transcende, conectando-nos a tudo o que não vemos, no espaço e no tempo. Só isso nos salva de que a tragédia nos engula." Rafael Augusto, em "Prefácio".
Em vida, nós vivemos várias vidas. E essas nossas vidas entrelaçam-se com outras vidas. De pessoas, de casas, de escolas, de ruas. Neste livro, tive acesso a uma das vidas da minha mãe, entrelaçada com tantas outras. No centro, uma das vidas de uma rua da qual, noutra vida, também eu fiz parte. Umas pessoas foram, outras vieram. Foi-se o cinema. Ficou uma espécie de alma que permanece, e aqui dá um passinho na direção da eternidade.
Lembrar o que não pode regressar, essa nostalgia - da infância ou do que for -, essa saudade, com um sorriso - quão mágico, porque aparentemente paradoxal, é? No entanto, aqui está. Ao ler este livro, é quase impossível que a lágrima e o sorriso não se encontrem. Desta beleza somos feitos, e dela será feito o porvir, onde seremos também nós memória e rasto. É bom que nos mantenhamos ligados a essa malha invisível que nos transcende, conectando-nos a tudo o que não vemos, no espaço e no tempo. Só isso nos salva de que a tragédia nos engula." Rafael Augusto, em "Prefácio".
"Contrariando a norma, em que se termina em grande, em que se tenta espremer, nas últimas palavras, as últimas gotas do sumo poético, todas as últimas palavras deste livro são simples, cruas. Quase como se narradas, não pela mulher que lembra, mas pela criança lembrada. Não há qualquer embelezamento artificial, qualquer esforço na escrita. É assim. Era assim. E isso basta. A magia e a poesia estão no que o conteúdo mostra e no que o conteúdo esconde. Qualquer esforço adicional seria como puxar uma planta do solo com esperanças de acelerar o seu crescimento. Esta simplicidade, pelo contrário, permite o florescer natural deste tipo de relato em que se encontram a lágrima e o sorriso, o mais belo dos pares. Em que um qualquer significado, um qualquer propósito, uma qualquer beleza, por mais vaga e incompreensível que seja, se revela, da melancolia nascida e á melancolia estendendo a mão. Nada do que está escrito neste livro existe mais. Porém, tudo existe ainda - neste livro, nos sinais, na linguagem, nas menções, em baús, nas cabeças de quem lembra e nos gestos de quem esqueceu. As mobílias do número 47 são agora outras. As paredes, as mesmas. Este livro é das suas memórias. É a casa de uma casa, onde, não podendo brincar corpos rebeldes, brincarão mentes imaginativas.
Em vida, nós vivemos várias vidas. E essas nossas vidas entrelaçam-se com outras vidas. De pessoas, de casas, de escolas, de ruas. Neste livro, tive acesso a uma das vidas da minha mãe, entrelaçada com tantas outras. No centro, uma das vidas de uma rua da qual, noutra vida, também eu fiz parte. Umas pessoas foram, outras vieram. Foi-se o cinema. Ficou uma espécie de alma que permanece, e aqui dá um passinho na direção da eternidade.
Lembrar o que não pode regressar, essa nostalgia - da infância ou do que for -, essa saudade, com um sorriso - quão mágico, porque aparentemente paradoxal, é? No entanto, aqui está. Ao ler este livro, é quase impossível que a lágrima e o sorriso não se encontrem. Desta beleza somos feitos, e dela será feito o porvir, onde seremos também nós memória e rasto. É bom que nos mantenhamos ligados a essa malha invisível que nos transcende, conectando-nos a tudo o que não vemos, no espaço e no tempo. Só isso nos salva de que a tragédia nos engula." Rafael Augusto, em "Prefácio".
Em vida, nós vivemos várias vidas. E essas nossas vidas entrelaçam-se com outras vidas. De pessoas, de casas, de escolas, de ruas. Neste livro, tive acesso a uma das vidas da minha mãe, entrelaçada com tantas outras. No centro, uma das vidas de uma rua da qual, noutra vida, também eu fiz parte. Umas pessoas foram, outras vieram. Foi-se o cinema. Ficou uma espécie de alma que permanece, e aqui dá um passinho na direção da eternidade.
Lembrar o que não pode regressar, essa nostalgia - da infância ou do que for -, essa saudade, com um sorriso - quão mágico, porque aparentemente paradoxal, é? No entanto, aqui está. Ao ler este livro, é quase impossível que a lágrima e o sorriso não se encontrem. Desta beleza somos feitos, e dela será feito o porvir, onde seremos também nós memória e rasto. É bom que nos mantenhamos ligados a essa malha invisível que nos transcende, conectando-nos a tudo o que não vemos, no espaço e no tempo. Só isso nos salva de que a tragédia nos engula." Rafael Augusto, em "Prefácio".

















